Na diabetes mellitus gestacional, existem as pacientes que já são diabéticas e estão passando pelo pré-natal e aquelas que desenvolvem o diabetes na gravidez.
O diagnóstico é feito através de um teste de tolerância à glicose ou uma curva glicêmica simplificada. Você faz a glicemia de jejum, toma uma carga de glicose e depois de 2 horas colhe o outro exame. Se esse valor for acima de 140, a paciente poderá ser tratada com intolerância a carboidratos.
A primeira medida dentro do pré-natal para correção do diabetes gestacional é a dieta.
A gravidez é uma situação hiperglicemiante, e sendo hiperglicemiante você tem um pâncreas produzindo muita insulina. Se você der uma sobrecarga alimentar de carboidrato, esse pâncreas não aguenta e vai aparecer o diabetes gestacional.
Portanto, para ter uma melhora dos níveis glicêmicos, é importante fazer uma dieta hipocalórica, com pouco carboidrato.
Dependendo do caso, talvez seja necessária a paciente usar algum tipo de hipoglicemia antioral ou em casos mais graves, fazer o uso de insulina. A dose de insulina será indicada de acordo com cada paciente.
Em relação ao concepto, o diabetes gestacional leva ao aumento de líquido amniótico, por isso, os bebês nascem maiores do que o normal, acima da curva de crescimento gestacional, chamada de percentil 90.
Além disso, esses bebês têm uma tendência muito grande a distúrbio metabólico, tendo que ficar na UTI para compensar a glicemia.
Essa situação deve ser observada de perto porque é muito frequente. O óbito fetal intrauterino pode ocorrer quando a glicemia está muito descontrolada, principalmente nas pacientes mal assistidas.
Portanto, é fundamental que toda paciente diabética ou com familiar diabético tenha o seu obstetra e faça um pré-natal em um centro de pré-natal de alto risco.
A doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) ocorre na gestação, mais frequentemente no último trimestre. É uma doença que eleva os níveis pressóricos e causa o inchaço de todo o corpo, principalmente dos membros inferiores.
Essa doença pode estar associada a uma paciente hipertensa crônica que tem a pressão controlada, mas no final da gravidez associa esse problema com a DHEG.
Para controlar a DHEG, você pode adotar uma dieta pobre em sal e repouso, uma dica é dormir do lado esquerdo. Em casos mais graves, a medicação anti-hipertensiva é indicada.
Quando a pressão não está sendo controlada com as medidas acima, e o paciente tem risco de desenvolver DHEG grave ou eclampsia levando à convulsão, o paciente é internado e, às vezes, é necessário adiantar a gravidez tirando o bebê antes da hora para salvar tanto a mãe quanto o bebê.
É importante ressaltar que os quadros graves de doença hipertensiva específica da gravidez estão totalmente associados à falta de assistência médica. Portanto, quando a mãe consulta um obstetra de confiança, faz um bom pré-natal, dificilmente terá alguma coisa mais séria. *Saiba que a rede pública também disponibiliza o pré-natal.*
No início da gravidez, as consultas de pré-natal são feitas 1x por mês, mais para o final da gravidez, são realizadas 2 ou até 3x por mês. Em geral, um bom pré-natal é baseado em 9 consultas. Procure o seu obstetra e faça o pré-natal.
Lembrando...
Cervicite: | cervic= colo | ite=inflamação | |
Vulvite: | vulvo=vulva | ite=inflamação | |
Vulvovaginite: | vulvo=vulva | vagin=vagina | ite=inflamação |
Essas inflamações podem ser causadas por diferentes agentes, desde agressão física e mecânica, passando por vírus, bactéria e fungo.
O importante é saber, através do exame ginecológico, qual é o agente para tratar.
Existe também a vulvite na mulher climatérica. Normalmente, o tratamento consiste em tópico hormonal e é indicado para evitar incômodo e risco de desenvolver um câncer vulvar.
De qualquer forma, a melhor coisa a fazer é sempre procurar o ginecologista para examinar a paciente, ver qual é o agente e o melhor tipo de tratamento.
O tratamento pode ser à base de medicações cicatrizantes, antifúngicas, antibacterianas e antibióticos. Normalmente tópicos e por via oral.
A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Treponema pallidum, que invade o organismo, se desenvolve e apresenta diversos sintomas em diferentes estágios: primário, secundário e terciário.
No estágio primário da Sífilis, que pode durar até 90 dias, surgem pequenas feridas nos grandes lábios e parede vaginal, com coloração rosada, que se desenvolvem e passam a ter o fundo esbranquiçado, como uma afta.
Após um período sem apresentar sintomas, a doença se torna ativa novamente, e entra no estágio secundário, onde a pele sofrerá com lesões em forma de pápulas (pequenas espinhas).
E o estágio terciário, quando os sintomas surgem mais fortes, e outros órgãos podem ser atingidos, como o sistema nervoso central, ossos, músculos e fígado.
Geralmente, os sintomas da Sífilis podem levar um tempo para surgir, e quando aparecem se apresentam em forma de pequenas feridas no formato de ínguas nas virilhas, manchas vermelhas na pele, dor de cabeça, dor muscular, febre, mal estar, entre outros, de acordo com o estágio da doença.
O diagnóstico pode ser realizado por meio de exames de sangue, e após a confirmação, deve ser iniciado o tratamento por meio de antibióticos, com acompanhamento médico. A duração dependerá do estágio em que se encontra a doença.
A principal forma de prevenir a transmissão da Sífilis é utilizando preservativo. Caso o parceiro ou parceira ainda não esteja totalmente curado, as relações sexuais não devem ser mantidas.
O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível, e se manifesta através de uma infecção com bolhas, ardor e incômodo que se rompem virando uma crosta (casquinha), e acaba se resolvendo sozinho.
Essa doença vem crescendo bastante por conta da falta do uso do preservativo. Infelizmente não existe tratamento para herpes, uma vez adquirida, a paciente terá o vírus para o resto da vida, e que se manifestará com a queda de resistência.
A queda de resistência varia de caso para caso. Existem mulheres, por exemplo, com crises de herpes toda menstruação, isso porque essa condição pode abaixar a resistência dando herpes.
O tratamento para amenizar os efeitos dessa doença é feito com remédios antivirais (como o Aciclovir), e pomadas antivirais.
Em casos de herpes, a melhor coisa a se fazer é procurar o seu ginecologista e usar preservativo.
Lembre-se que essa doença não leva a câncer e não tem relação com HPV. Infelizmente não tem cura, mas caso a herpes veja a se manifestar, tome os devidos remédios.