A Pré-eclâmpsia, conhecida como Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), nada mais é do que um problema de pressão intrínseco, que surge na segunda fase da gestação, após a vigésima semana. Com o aumento da pressão, ocorre a proteinúria, que é a proteína na urina, além de inchaço ou edema, que pode afetar os membros inferiores, e às vezes, o corpo todo.
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A própria DHEG ou Pré-eclâmpsia, que é a Doença Hipertensiva Específica da Gestação, é uma forma com pressões mais controladas, com poucos sintomas. A proteinúria existe, mas é controlada, o edema, as provas de função hepática e renal são normais ou muito pouco fora do normal, e geralmente não apresenta grandes repercussões.
Passando para um estágio maior, temos a DHEG mais grave, onde existe uma pressão de mais difícil controle, maiores sinais de edema e proteinúria. Neste caso, as provas hepáticas, renais e o coagulograma, começam a ter uma alteração maior e a paciente passa a ser mais sintomática, apresentando cefaleia, diminuição de reflexo e da quantidade de urina.
E existe um terceiro estágio da doença, que é chamado de Hellp Syndrome, ou Síndrome Help, que significa socorro, onde todos esses sintomas estão bem mais avançados e já existe uma insuficiência renal, alterações bastante importante de enzimas hepáticas e da coagulação, ou seja, é uma paciente muito mais grave, que precisa de ajuda médica.
A DHEG ou Pré-eclâmpsia está associada à pacientes com mais idade, que enfrentam a obesidade, que são primigestas (primeira gestação), são pacientes que em uma segunda gestação não costumam apresentar a doença hipertensiva específica da gestação, a não ser em casos onde se casaram pela segunda vez. Esse tipo de problema é muito mais frequente em pacientes já hipertensas ou nefropatas.
Os sintomas da DHEG ou Pré-eclâmpsia podem começar com um inchaço leve e pressão alterada, e isso pode aumentar e levar à hipertensão, dor na nuca, edema facial, edema de mão, edema de membros inferiores, alteração dos reflexos, principalmente o reflexo patelar, e até mesmo confusão mental, em casos mais graves.
Diagnóstico da DHEG ou Pré-eclâmpsia é feito pela avaliação da pressão, pela presença ou não de proteinúria, e pelo edema. Basicamente, este é considerado o diagnóstico em uma paciente que não apresentava pressão alta. Em casos mais graves, é solicitado o perfil hepático, a desidrogenase lática, o coagulograma, função renal, o que é chamado de perfil laboratorial da DHEG. Esse é o diagnóstico da doença em si, e é necessário fazer a proteção fetal ou uma avaliação para saber como está o bebê, através de ultrassonografia com Dopplerfluxometria, cardiotocografia, entre outros.
A prevenção da DHEG ou Pré-eclâmpsia está relacionada ao pré-natal, principalmente em classes mais baixas, percebe-se a diminuição do número de consultas de pré-natal, que é diretamente proporcional ao aumento da DHEG. É importante evitar a obesidade, ingerir alimentos com pouco ou sem sal, se for tabagista, parar de fumar.
Existem alguns trabalhos falando do uso de vitaminas, mas ainda não existe nada comprovado sobre o uso das mesmas para prevenir a doença. A maior prevenção, de fato, é o pré-natal e o diagnóstico precoce, e tentar evitar o aumento da pressão arterial.