Existem alguns fatores que são apontados como risco aumentado para o desenvolvimento de Doença Hipertensiva Específica da Gestação, são eles:
• Gravidez na adolescência ou após os 40 anos;
• Ser hipertensiva;
• Ter um histórico familiar do problema;
• Estar grávida de gêmeos;
• Já ter passado por um quadro de pré-eclâmpsia.
O acompanhamento pré-natal é muito importante para que a saúde do bebê e da mulher possa ser monitorada. Afinal, a futura mamãe pode desenvolver uma série de complicações que muitas vezes colocam a sua vida em risco, como é o caso da Doença Hipertensiva Específica da Gestação.
Esse quadro clínico também é conhecido pela sigla DHEG. Nele, a pressão arterial da mulher se eleva durante a gestação, o que pode trazer comprometimento para os rins, o coração, o fígado e o cérebro, por exemplo. Inclusive, esse problema é uma das principais causas de morte materna no Brasil.
Como esse é um tema muito delicado e que requer atenção, preparamos este artigo para explicar exatamente o que é essa doença, as suas causas e se existe tratamento. Acompanhe!
Índice
A Doença Hipertensiva Específica da Gestação é um tipo de hipertensão, ou seja, de pressão alta, que acomete as mulheres durante a gravidez. Ela pode se manifestar tanto nas mulheres que já tinham um quadro hipertensivo antes da gestação como naquelas que tinham a pressão arterial normal.
Essa doença se manifesta a partir da 20ª semana de gestação, e no Brasil é a primeira causa de morte materna, uma vez que existem formas graves. A DHEG recebe diferentes classificações conforme as características do problema. Sendo assim, temos as variações:
Entretanto, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) classifica a DHEG de outra forma, uma vez que existem várias maneiras de organizar essa classificação. Segundo a FEBRASGO os tipos que existem são:
Seja como for, a denominação DHEG se refere a essas síndromes hipertensivas que acometem a mulher durante a gravidez, podem ser potencialmente perigosas e colocar a vida da gestante em risco.
Ainda não se sabe ao certo quais são as causas dessa doença. De toda forma, ela costuma se manifestar em gestantes adolescentes e nas mais maduras, com mais de 40 anos, mas também acomete outras faixas etárias.
Ter hipertensão crônica antes da gravidez é um fator de risco aumentado para desenvolver a DHEG. Outros fatores de risco também podem ser apontados como potenciais causas. São eles:
Como explicamos, a Doença Hipertensiva Específica da Gestação oferece um risco significativo para a mulher, e a gravidade depende da forma como a doença se manifestou. Essa alteração da pressão arterial pode provocar diversas complicações, como:
Por tudo isso, e considerando o risco que as formas mais graves oferecem para a vida da mulher, os quadros de DHEG precisam ser tratados com muita cautela. Ainda não existe um tratamento medicamentoso, por exemplo, que faça o controle desse problema.
Na verdade, a cura só acontece com o parto, uma vez que a tendência é a pressão arterial da mulher se normalizar gradativamente depois que o bebê nasce. Por isso, o tratamento é feito por meio da interrupção da gravidez, o que vai depender do grau da doença.
Nos quadros de menor gravidade é possível esperar o amadurecimento do feto até 37 semanas. Quando se trata de uma situação mais delicada, é preciso estabilizar o quadro antes de interromper a gestação. Porém, nas situações mais graves com sofrimento fetal é feita a interrupção da gravidez, independentemente da idade gestacional.
Assim, o procedimento varia de acordo com a gravidade da doença e a idade gestacional. Considerando esses aspectos, o obstetra avalia a conduta mais adequada para cada mulher.
O acompanhamento obstétrico é muito importante para que a mulher receba o suporte necessário durante a gestação, a fim de preservar a sua saúde e garantir que a gravidez aconteça de uma forma tranquila, prevenindo esses e outros problemas.
O ideal é planejar a gestação para que ela possa acontecer no melhor momento, a fim de evitar riscos como a Doença Hipertensiva Específica da Gestação, e também para que a mulher possa equilibrar a sua saúde antes de engravidar, garantindo uma gravidez mais saudável para ela e o bebê.