A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é uma infecção ginecológica que afeta o útero, as trompas e os ovários. Apesar de ser relativamente comum, muitas mulheres ainda desconhecem a gravidade da condição e os riscos associados ao seu não tratamento.
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A DIP é uma infecção causada, geralmente, por bactérias que sobem do canal vaginal para os órgãos reprodutivos. Ela pode desenvolver-se após doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia ou gonorreia, ou após procedimentos ginecológicos.
Nem todas as mulheres com DIP apresentam sintomas intensos. Por isso, muitas vezes, a doença é diagnosticada tardiamente.
Quando não tratada adequadamente, a DIP pode causar inflamações crônicas e sequelas importantes, como:
Essas complicações afetam não apenas o corpo, mas também a saúde emocional da mulher. Muitas pacientes diagnosticadas com infertilidade por conta da DIP relatam sentimentos de frustração e angústia. Da mesma forma, a dor pélvica contínua pode prejudicar o bem-estar, o sono, o desempenho no trabalho e a vida sexual.
Vale destacar que a DIP pode ser silenciosa. Em algumas mulheres, os sintomas são leves ou ausentes, o que reforça a importância de manter o acompanhamento ginecológico de rotina. Mesmo pequenas alterações no ciclo menstrual ou incômodos eventuais devem ser levados a sério.
Além disso, o tratamento incompleto ou feito de forma inadequada pode levar à recidiva da infecção. Por isso, é fundamental seguir todas as orientações médicas e realizar o tratamento completo, mesmo que os sintomas desapareçam antes do final da medicação.
Quanto mais cedo a DIP for identificada e tratada, menores são os riscos de complicações. O tratamento costuma envolver antibióticos e, em casos mais graves, internação hospitalar. Em algumas situações, pode ser necessário tratamento do(a) parceiro(a) sexual para evitar novas infecções.