O HPV é um vírus transmitido com muita facilidade de pessoa para pessoa. Alguns dos seus subtipos podem causar o câncer de colo de útero, por isso é tão importante evitar a contaminação, o que pode ser feito principalmente com o uso de preservativos e a vacinação.
Uma grande parte das infecções sexualmente transmissíveis é causada pelo HPV (papilomavírus humano). Ele atinge pessoas sexualmente ativas, independentemente de idade.
Existem muitos subtipos desse vírus, e alguns deles estão diretamente relacionados com câncer de colo de útero. Além dessa doença, os vírus podem provocar uma série de sintomas, como a formação de verrugas, lesões, desconforto no local afetado e coceira.
Embora seja um vírus de fácil transmissão, a infecção por HPV pode ser prevenida por meio de medidas simples. Neste artigo apresentamos os métodos de prevenção primária e secundária para evitar a contaminação e as infecções. Acompanhe!
Índice
Os métodos de prevenção primária são aqueles que evitam a contaminação pelo HPV, ou seja, evitam que o vírus passe de uma pessoa para outra ou que se multiplique no organismo.
O HPV é transmitido de uma pessoa para outra pelo contato com fluidos corporais. Sendo assim, as relações sexuais são uma via importante de transmissão, mas isso não acontece apenas durante o contato genital. A contaminação pode ocorrer durante o sexo anal e oral, por isso, em todas as relações, é essencial o uso do preservativo.
As vacinas são métodos preventivos muito importantes contra o HPV. Elas podem ser aplicadas em pessoas de ambos os sexos, mas são ainda mais importantes para as mulheres em função do risco de desenvolvimento do câncer de colo de útero.
Atualmente, existem dois tipos diferentes de vacina contra o HPV. Uma delas é a bivalente, que protege o organismo contra os subtipos 16 e 18. A outra é a vacina quadrivalente, que protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacinação gratuita para pessoas entre 9 e 13 anos de idade. No caso dos pacientes mais velhos, também é possível recorrer à vacinação, mas em clínicas particulares.
Os métodos de prevenção secundária visam identificar de forma precoce a presença do vírus no organismo, antes que ele comece a desencadear sintomas.
O Papanicolaou, popularmente conhecido como preventivo, é um exame importante realizado por meio da coleta de amostras do colo do útero para identificar alterações celulares pré-cancerosas. Ele deve ser feito por todas as mulheres a partir dos 25 anos de idade com vida sexual ativa. A frequência geralmente recomendada é uma vez por ano.
O exame é realizado com a mulher na mesma posição em que é feito o exame de Papanicolau. A diferença é que, para visualizar o colo do útero, o ginecologista utiliza um aparelho chamado colposcópio para ampliar as imagens. São aplicadas substâncias reagentes para facilitar a visualização das lesões, benignas ou malignas, em especial aquelas provocadas pelo HPV.
É um exame da região externa do aparelho reprodutor da mulher (vulva). Durante o exame, é utilizado o colposcópio para ampliar as imagens e facilitar a identificação de lesões, verrugas, irritações e outras alterações decorrentes do HPV. Tanto a colposcopia quanto a vulvoscopia podem ser associadas a uma biópsia.
Um método que se encontra em discussão, é o exame de DNA viral. O objetivo do teste é fazer a coleta de amostras do colo do útero, vagina, ânus ou boca por meio de esfregaços, mas também pode ser analisada uma amostra de urina, a fim de identificar a presença de DNA viral. No Brasil, esse exame é realizado apenas por clínicas particulares.
Esse é o único método de prevenção secundária que analisa a presença de sintomas para identificar a contaminação por HPV. É uma análise feita pela própria pessoa das suas genitálias e da cavidade oral para verificar a presença de verrugas ou outras alterações.
Entretanto, esse é um hábito que deveria ser adotado por todas as pessoas, não apenas contra o HPV, mas sempre monitorar seu próprio organismo e o corpo para identificar qualquer tipo de alteração. Sendo assim, é um método que não substitui as demais medidas citadas.
Muitos subtipos de HPV não oferecem grande risco para a pessoa e em vários casos a infecção é assintomática. Por isso, é importante realizar os exames para identificação precoce do vírus no organismo, a fim de evitar as complicações que a infecção pode promover.
De toda forma, o ideal é que sejam adotadas medidas preventivas primárias, principalmente mantendo relações sexuais seguras com o uso do preservativo em todas as situações. A vacina é fundamental, pois dessa forma é possível evitar a circulação do vírus, já que ele não consegue se multiplicar no organismo da pessoa imunizada.