Papilomavírus humano (HPV) é o nome utilizado para nos referirmos a uma grande quantidade de vírus que podem provocar infecções na região genital ou da boca. A infecção requer atenção porque alguns tipos de HPV têm potencial oncogênico.
Quando se trata de doenças sexualmente transmissíveis, o HPV está entre as mais conhecidas. Isso acontece também porque consiste em uma das infecções mais comuns que acometem tanto homens quanto mulheres.
Apesar da sua alta disseminação, o HPV exige atenção porque ele está relacionado com casos de câncer, em especial o de colo de útero. Por isso, é muito importante saber a respeito desse assunto para cuidar ainda melhor da sua saúde.
Neste artigo vamos explicar o que de fato causa o HPV e quais são as formas de tratamento desse problema. Continue lendo!
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Antes de tudo, precisamos esclarecer o que é o HPV para não gerar confusões ou desinformação. É importante entender que essa sigla é referente ao papilomavírus humano, ou seja, não se trata de uma doença em si, mas do micro-organismo.
O HPV, portanto, é o vírus causador de uma infecção que costuma acometer os órgãos reprodutores, tanto dos homens quanto das mulheres. Mas também pode se instalar na boca, orofaringe e ânus.
Não existe apenas um tipo de HPV. Na verdade, são mais de 200 variações diferentes, o que explica o fato de ser uma infecção tão comum. Cerca de 90% dos papilomas laríngeos e condilomas genitais são causados pelos tipos 6 e 11.
A transmissão desse vírus acontece quando a pessoa tem contato direto com a pele ou a mucosa de outra pessoa infectada. Ainda não existe a comprovação de que alguém possa contrair HPV por meio de objetos ou superfícies, como o vaso sanitário, ou pelo uso de roupas íntimas e de toalhas.
A principal forma de transmissão do HPV acontece por via sexual, seja o contato de genital com genital, da boca com a genital ou mesmo da mão com a genital. Por isso, mesmo que não haja penetração vaginal ou anal, existe o risco de contrair o HPV. Isso também pode acontecer durante o parto.
Ainda não foi desenvolvido um tratamento específico para o HPV, ou seja, não há um medicamento ou terapia específica que faça a eliminação do vírus do organismo. A infecção costuma ter um caráter transitório e regredir de forma espontânea, uma vez que o próprio organismo combate o agente agressor.
Entretanto, existem casos em que a infecção pelo HPV é persistente. Quando isso acontece, são adotados tratamentos individualizados para eliminar as lesões, o que pode ser feito com o uso de medicamentos ou por meio de técnicas a laser, aplicação de ácido tricloroacético ou eletrocauterização.
Vale ressaltar que também existe a vacina contra o HPV, mas nesse caso ela contribui com a prevenção, não necessariamente o tratamento. De toda forma, é uma medida importante para evitar que a infecção se instale e que o vírus seja transmitido para outras pessoas.
Explicamos que embora a infecção por HPV seja muito comum, ela precisa de atenção, pois em alguns casos pode ser a precursora de diferentes tipos de câncer. Isso vai depender do tipo de HPV que a pessoa contraiu.
Quando a lesão é precursora do câncer e não é tratada corretamente, ela progride e se torna cada vez mais grave. Assim oferece o risco de formação de câncer, como dito, principalmente no colo do útero, mas também pode ocorrer na vulva, na vagina, no pênis, no ânus, na boca e na orofaringe.
Existem pelo menos 13 tipos de HPV com potencial para causar câncer. Nesse grupo, os tipos 16 e 18 são aqueles que apresentam alto risco oncogênico, e representam cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero.
A prevenção ainda é a melhor alternativa. Logo, é essencial tomar a vacina contra o HPV e sempre manter a proteção nas relações sexuais. Caso perceba sintomas, como a formação de lesões e verrugas, é fundamental procurar um médico.