A incontinência urinária pós-parto é um problema comum que acontece devido ao enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico. Porém, esse problema pode começar ainda durante a gestação por causa da pressão intra-abdominal.
Depois do parto, as mulheres podem apresentar escapes de urina na hora de realizar esforço, como espirrar, tossir ou dar risada. Isso é sintoma de um quadro de incontinência urinária pós-parto.
Esse problema é comum, mas precisa ser tratado com atenção, já que pode prejudicar o bem-estar e a qualidade da vida da mulher, fazendo com que ela se sinta constrangida quando os eventos de incontinência acontecem.
Neste artigo você vai entender um pouco mais sobre esse problema e suas formas de tratamento. Acompanhe!
Índice
Conforme explicamos na introdução, a incontinência urinária após o parto é um problema comum. Isso pode acontecer porque o crescimento do útero, do bebê e o ganho de peso que acontece naturalmente durante a gestação aumentam a pressão dentro da cavidade abdominal.
Todos esses fatores também desencadeiam uma pressão maior nos músculos do assoalho pélvico, o que pode fazer com que eles fiquem fracos e favoreçam a incontinência urinária.
Os músculos do assoalho pélvico, ou músculos do períneo, são responsáveis por sustentar o útero, o intestino e a bexiga. Por isso, quando há um enfraquecimento deles, a mulher pode ter a incontinência urinária além de outros sintomas, como:
Além de tudo isso, os hormônios produzidos durante a gestação, principalmente a progesterona, causam o relaxamento de certas musculaturas, e uma delas é o esfíncter responsável por segurar a urina. É importante lembrar, também, que o aumento do volume do útero faz com que a bexiga fique espremida, e isso facilita a perda de urina.
Uma informação que precisamos ressaltar é que a incontinência urinária durante a gestação ou após o parto acontece independentemente da via de parto escolhida, seja ela cesárea ou normal, já que a própria gestação, como você viu, pode desencadear a incontinência urinária.
Nem sempre é necessário tratar a incontinência urinária pós-parto. Isso porque a tendência é de que o problema amenize e desapareça sozinho em até seis meses, afinal, depois do nascimento do bebê, a pressão sobre a bexiga acaba, já não há uma pressão intra-abdominal muito grande e os hormônios são normalizados. Assim, a tendência é de que os sintomas regridam de forma gradativa até desaparecerem por completo.
Contudo, a mulher pode, e até mesmo deve, buscar a ajuda de um especialista logo que perceber a incontinência urinária. Isso porque existem casos em que a musculatura não se fortalece sozinha.
Sendo assim, o ideal é dar início ao tratamento de fortalecimento do assoalho pélvico, o que é feito por meio da fisioterapia pélvica, com exercícios específicos para tonificar o músculo da região para que ele seja reabilitado e controle a bexiga. Quando não é possível fazer esse fortalecimento por meio da fisioterapia regular, pode ser considerado o tratamento cirúrgico.
Existem medidas que podem ser adotadas para fazer a prevenção da incontinência urinária pós-parto. Os exercícios perineais, que vão fortalecer o assoalho pélvico, podem começar ainda durante a gestação, mesmo que a mulher não tenha nenhum tipo de queixa.
É importante que os exercícios sejam prescritos e acompanhados por um especialista, inclusive para surtir os melhores resultados e também para que não haja uma prática excessiva. O pilates é mais uma excelente opção não só para o assoalho pélvico, mas para trabalhar o corpo por completo.
Além deles, é importante a mulher controlar o seu ganho de peso durante a gestação para que ele esteja dentro de um limite saudável e não sobrecarregue os músculos do períneo.
Qualquer alteração percebida ainda durante a gestação deve ser tratada junto com o médico para que a mulher tenha uma gravidez mais tranquila e um pós-parto sem complicações, prevenindo a incontinência urinária e qualquer outro problema que possa surgir.